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Edição 1 793 - 12 de março de 2003
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O autor que é uma paixão nacional

A arte de fazer uma radiografia
bem-humorada da alma do brasileiro
transformou Luis Fernando Verissimo
num campeão da literatura

Carlos Graieb

 
Liane Neves
O escritor em sua casa, em Porto Alegre: um popular dos mais refinados


Veja também

Artigos do escritor publicados em VEJA (1982-1989)

  Leia trechos dos livros:

Todas as Histórias do Analista de Bagé

Comédias Para Se Ler na Escola
Histórias Brasileiras de Verão
A Mesa Voadora
Bibliografia
As ilustrações de Verissimo

Pergunte ao seu vizinho qual o escritor brasileiro de maior sucesso nos últimos anos. Ele certamente responderá que é Paulo Coelho. A carreira excepcional de Coelho, que já vendeu cerca de 45 milhões de livros ao redor do mundo, justifica essa idéia. Mas a história não é bem assim. Do ano 2000 para cá, quem mais vendeu no país foi Luis Fernando Verissimo. Depois de anos sozinho no pódio da literatura, Paulo Coelho tem agora a companhia marcante do autor gaúcho. Verissimo sempre esteve presente nas listas de best-sellers. Da lista publicada em VEJA, ele não arreda pé praticamente há oito anos. Mas foi nos últimos três que explodiu. Suas vendagens chegaram a 3 milhões de exemplares, graças aos onze títulos lançados pela Objetiva, sua editora desde 1999, e a um romance excepcionalmente publicado pela Companhia das Letras, Borges e os Orangotangos Eternos. O maior sucesso entre esses títulos, As Mentiras que os Homens Contam — uma coletânea de crônicas humorísticas dedicadas ao tema da falsidade no amor, nos negócios e na vida pública —, já chega às 310 000 cópias. No mesmo período, Paulo Coelho lançou o romance O Demônio e a Srta. Prym e a coletânea de contos Histórias para Pais, Filhos e Netos. O próprio Coelho controla a divulgação de suas vendagens, mas no mercado estima-se que o primeiro livro tenha vendido cerca de 230.000 exemplares em livraria e o segundo, em torno de 50.000.

Marcelo Botelho/ObritoNews
O ex-presidente FHC: "De Verissimo, só o Erico"


Verissimo, aos 66 anos, ainda está longe de ser uma celebridade como Paulo Coelho, que tem reconhecimento internacional tanto como escritor quanto como guru espiritual e no Brasil já recebeu o fardão da Academia Brasileira de Letras. Mas Verissimo já se tornou também um escritor conhecido do grande público. Quem não sabe que ele é torcedor fanático do Internacional de Porto Alegre, que ele toca saxofone numa banda de jazz, que ele levaria a atriz Luana Piovani para uma ilha deserta? Até sua timidez é notória — ainda que uma timidez notória tenha algo de paradoxal, como ele mesmo já observou. "São poucos os escritores que as pessoas identificam tão prontamente. Foi pensando nisso que fizemos uma série de bonequinhos dele, para estampar nas capas de seus lançamentos", diz Roberto Feith, dono da editora Objetiva. Até o ano passado, a Objetiva teve em seu catálogo tanto Coelho quanto Verissimo. O gaúcho, segundo Feith, já havia se tornado o escritor mais forte da casa.

Seja nas tirinhas desenhadas ou nas crônicas assinadas em jornais, que representam a maior fatia de sua produção, Verissimo sempre contou com dois trunfos: o humor e uma percepção muito fina da intimidade do brasileiro. Ele é capaz de radiografar a alma nacional como ninguém. Versátil, o autor escreve sobre quase tudo: economia, gastronomia, futebol, cinema, viagens, música, literatura. Pratica aquilo que Manuel Bandeira chamou de "puxa-puxa". Ou seja, é capaz de arrancar um bom texto de qualquer miudeza. A vida privada do brasileiro, contudo, é o seu forte — ou as comédias da vida privada, para dizer melhor. Os rituais do namoro e do casamento, o sexo, as infidelidades, o choque de gerações, tudo isso é um prato cheio para o escritor. Quanto ao humor de Verissimo, ele é de um tipo muito especial. Por mais incisivas que sejam, suas piadas nunca destilam raiva. Ele não procura o fígado do leitor nem professa um humor amargo, desiludido com a humanidade. Verissimo afirma que, à medida que envelhece, talvez esteja caminhando para um ceticismo terminal, daqueles que não dão desconto. Mas ainda não chegou lá. "O ceticismo é como um filtro, e o meu ainda tem aberturas, deixa passar uma dose de otimismo", diz ele.

 
André Valentim/Strana

A atriz Luana Piovani: uma das musas de Verissimo
 

NA ILHA DESERTA

"— Pô, Luana.

— Não chega nem perto.

— Mas estamos só você e eu nesta ilha. E estaremos aqui pelo resto de nossas vidas.

— A escolha foi sua. Ninguém me perguntou nada.

— Como é que eu ia saber que a pergunta não era hipotética? Que quando o cara me perguntou que livro, que disco e que mulher eu levaria para uma ilha deserta não era pesquisa? Que ele ia interpretar não como sonho, mas como pedido?

— Você devia ter desconfiado do turbante."


Trecho da crônica "Cuidado com o que você pede..."

Verissimo chegou a ser identificado durante muito tempo apenas como "humorista". Não haveria problema nenhum se o termo não embutisse um certo preconceito. "A relação dos brasileiros com seus humoristas tem algo de contraditório", diz o historiador Elias Thomé Saliba, que lançou no ano passado um estudo sobre o tema, Raízes do Riso. "O humor ocupa um espaço enorme em nossa vida social, ao mesmo tempo que é visto como coisa menor e efêmera. Seus criadores nem sempre recebem todo o reconhecimento que merecem." No caso de Verissimo, reconhecem-se o humor e, ao mesmo tempo, a limpidez, a elegância e o tom coloquial de seu texto. Ele tem uma característica que distingue infalivelmente o grande criador popular do escritor medíocre. Ao ler suas crônicas, o leitor desliza por elas com sofreguidão, para descobrir que surpresas esperam por ele. É popular nesse sentido — mas um popular dos mais refinados. O mesmo não se pode dizer de Paulo Coelho.

Não deve ser por acaso que as cenas da intimidade interessam tanto a Verissimo. Família é uma coisa importante para ele. Há quase quatro décadas o escritor é casado com Lúcia, uma mulher de bom humor aparentemente indestrutível. "Depois desse tempo todo, temos sérias esperanças de que o casamento dê certo", brinca ele. O casal tem três filhos, mas nenhum neto ("estamos pensando em comprar alguns", diz Verissimo). A filha mais velha, Fernanda, de 38 anos, finalizou há pouco uma tese de história na Sorbonne. Mora num apartamento que Verissimo comprou em Paris, onde o escritor costuma passar três ou quatro meses por ano. O apartamento é pequeno, mas o bairro é um dos mais chiques da capital francesa, o 16ème Arrondissement. A filha do meio, Mariana, tem 35 anos e vive em São Paulo, onde escreve roteiros para cinema e televisão. O caçula é Pedro, de 32 anos. Redator publicitário e vocalista da banda de rock Tom Bloch, que acaba de lançar seu primeiro disco, ele ainda mora com os pais. E com a avó também. A mãe de Verissimo, Mafalda, está prestes a completar 90 anos. É uma senhora de olhar irônico — daqueles com sobrancelha levantada. Há indícios de que parte do humor de Verissimo tenha sido herdada dela. Numa apresentação recente de sua banda de jazz, a Jazz 6, num bar de Porto Alegre, o músico-escritor levou um tombo ao subir ao palco. "É isso que dá ir tocar jazz sem beber nada", teria dito ela.

A casa da família Verissimo fica em Petrópolis, um bairro de classe média alta de Porto Alegre. Foi comprada pelo pai de Luis Fernando, o romancista Erico Verissimo, em 1942. "A casa em que se criaram meus três filhos é a mesma em que me criei", diz o autor. "A rua mudou muito, mas esta ainda é a minha paisagem afetiva, e acho importante ter uma base emocional assim, essa idéia de continuidade." A construção foi conservada de maneira impecável, assim como os móveis antigos. A única modificação importante surgiu de uma escavação nas fundações de pedra da casa, que criou uma sala de música e de TV. A casa tem quintal e churrasqueira, diante da qual a inépcia culinária e a pouca afinidade do escritor com os rituais gaúchos se revelam: "É a suprema desmoralização: o churrasco na minha casa é feito por minha mulher, que ainda por cima é carioca".

 
Oscar Cabral

Luma de Oliveira: admiração "ideológica"
 

NO ELEVADOR

"Porque eram precavidos, porque queriam que sua união desse certo, e principalmente porque eram advogados, decidiram fazer um contrato nupcial. Quando chegaram à parte do contrato que trataria da fidelidade, ele ponderou que a cláusula deveria ter uma certa flexibilidade. Ficou decidido que ele estaria automaticamente liberado da obrigação contratual de ser fiel a ela no caso de ficar preso num elevador com a Patrícia Pillar, a Luma de Oliveira ou uma das duas (ou as duas) moças do Tchan, além da Luana Piovani, se o socorro demorasse mais de vinte minutos."


Trecho da crônica "A cláusula do elevador"

O escritório onde Erico Verissimo trabalhava — e que chamava de "toca da liberdade" — foi preservado. Logo ao lado fica o escritório que o próprio Luis Fernando já ocupa há duas décadas. Quem conhece o escritor há muitos anos acredita que a fama de seu pai nas décadas de 50 e 60, quando Erico rivalizava com Jorge Amado em popularidade, tenha sido inicialmente um peso para ele. Luis Fernando Verissimo demorou para atinar com um caminho na vida. Sem ter feito universidade, tentou ser músico, desenhista e comerciante antes de descobrir que levava jeito mesmo era para escrever. Isso aconteceu em 1966, no jornal Zero Hora, quando ele já tinha 30 anos, mulher e filha pequena. Mas o autor não tem muita paciência para especulações freudianas sobre uma possível "angústia da influência" provocada pelo sucesso de seu pai. "Eu nunca havia pensado em ser escritor. Talvez achasse que não deveria ser por causa dele, mas não era uma coisa deliberada, uma hesitação consciente", diz. Erico, que morreu em 1975, é chamado por Luis Fernando Verissimo de "o pai". Não é "meu pai", nem "papai". É "o pai" mesmo — mas o autor diz que se trata apenas de tique verbal e insiste em que não há nada a psicanalisar.

 
Reprodução Jorge Meditsch
Liane Neves
Verissimo na infância, com os pais e a irmã, e no presente, com a mulher, Lúcia, e um de seus três filhos, Pedro: família é coisa séria para o autor das "comédias da vida privada"

Com o passar dos anos, o filho tornou-se um grande defensor da reputação literária e intelectual do autor de O Tempo e o Vento. Como diz o editor gaúcho Ivan Pinheiro Machado, que publicou por mais de vinte anos as obras de Luis Fernando Verissimo sob o selo L&PM, ele sempre foi um homem de "polêmicas silenciosas". Ou seja, preferia retrucar com um silêncio eloqüente a partir para a discussão. Por causa de seu pai, no entanto, Verissimo meteu-se na maior arenga pública de sua vida. A história ocorreu há algum tempo, mas voltou a animar as rodas literárias de Porto Alegre no fim do ano passado, ao ser retomada pela revista gaúcha Press. O antagonista de Verissimo foi o professor universitário e também cronista Juremir Machado. Em 1995, os dois escreviam para o jornal Zero Hora. Machado publicou um texto iconoclástico sobre Erico Verissimo, sugerindo que ele fora omisso na época da ditadura militar, evitando manifestar-se abertamente contra o regime. Luis Fernando Verissimo saiu em defesa do pai e pediu uma retratação. O imbróglio foi aumentando e resultou, finalmente, na demissão de Machado. Este acusa Verissimo de ter criado uma situação do tipo "ou ele, ou eu", forçando a direção do Zero Hora a optar pelo nome mais conhecido. Segundo Machado, que fala ironicamente no seu "desafeto LFV", o problema de Verissimo foi "não se rebaixar ao debate". Num texto para a revista Press, Verissimo retrucou: "Entendo que o Juremir cultive a fantasia do jovem irreverente vítima do figurão vaidoso e prepotente que ele ousou afrontar, como entendo que a fantasia seja hoje propagada por quem não gosta do que eu penso e escrevo. Eu tenho a opção de dar bola ou não dar bola. Meu pai não tinha essa opção". Verissimo diz que nunca pediu a cabeça do colega. E não gosta de tocar no assunto.

 
Liane Neves
Reprodução Ricardo Chaves
O autor no palco com sua banda atual, a Jazz 6, e na juventude, com o grupo Renato e Seu Sexteto (no círculo vermelho): ele pensou em ser músico profissional

O autor fala de pessoas que "não gostam do que ele pensa e escreve". E, de fato, há um campo em que Verissimo está longe de ser uma unanimidade: o das crônicas sobre política. Simpatizante do PT, ele começou a tratar do assunto com freqüência no fim dos anos 80. Na época da eleição de Fernando Collor de Mello, seus constantes ataques ao candidato resultaram num incidente assustador: cartas impecavelmente escritas chegaram a sua casa, com ameaças a ele e a sua família. Depois, foi a vez de os admiradores de Fernando Henrique Cardoso se aborrecerem com Verissimo, que só chamava o presidente de Éfe Agá. O próprio Éfe Agá reclamou da bateria cerrada de piadas numa entrevista recente. "De Verissimo eu só leio o Erico", afirmou o ex-presidente, com seu humor tão ou mais afiado que o de Luis Fernando. Éfe Agá, além do humor, revela outras características positivas de seu caráter, inclusive em relação a Éle-Éfe-Vê. Foi ainda em seu governo que Verissimo teve 2 milhões de volumes do livro infantil O Santinho adquiridos pelo Ministério da Educação, para distribuição em escolas públicas. No Rio Grande do Sul, tradicionalmente afeito a polarizações, as simpatias petistas do autor causam reações acaloradas. "Deixei de ler as crônicas do Verissimo porque gosto muito dele como escritor e não quero perder essa admiração", diz Antonio Hohlfeldt, crítico literário e vice-governador do Estado na atual gestão, do peemedebista Germano Rigotto.

 
Macarena Lobos
Oscar Cabral
O editor Roberto Feith, da Objetiva, teve Verissimo e Paulo Coelho em seu catálogo até o ano passado: "Verissimo se tornou o meu autor brasileiro mais forte"

A recente eleição de Luiz Inácio Lula da Silva deixou Verissimo satisfeito. Mas ele tem críticas ao governo petista. Suas notas para o primeiro mês do governo Lula são "10 pela empolgação e 4 pelas contradições, o que dá 7 na média". Ele não gostou de ter um ex-executivo do mercado financeiro, Henrique Meirelles, na presidência do Banco Central. E afirma que a Velhinha de Taubaté ainda está viva e hoje acredita em tudo o que o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, diz na televisão. Criada por Verissimo nos anos 80, a Velhinha de Taubaté era uma personagem que nunca punha em dúvida o que o governo afirmava, por maior que fosse a barbaridade. "Acho que se Verissimo fizesse parte do PT ele estaria numa das correntes radicais", diz Antonio Hohlfeldt. O próprio Verissimo vê as coisas de outra forma. "O poder é sempre criticável, só por ser poder. E a única obrigação do humor é ser humor", sentencia ele. O escritor inventou uma tendência para si mesmo e outros simpatizantes petistas bem-humorados: o Corpo Auxiliar Luma de Oliveira, ou Caldo. Luma foi escolhida madrinha por ter sido a maior doadora individual da campanha presidencial de Lula — e também por seus atributos extra-ideológicos.


Ricardo Leite/Pós Imagem Design


Em janeiro deste ano, Verissimo deu uma guinada em sua rotina: deixou de publicar crônicas diariamente. Agora ele escreve dois textos semanais, distribuídos para vários jornais do país, e um terceiro que sai apenas no Zero Hora, de Porto Alegre, e em O Estado de S. Paulo, da capital paulista. Vai usar o tempo livre para completar dois projetos pendentes: seu quarto romance, que terá o nome de O Opositor, e uma história de seu time do coração, o Internacional de Porto Alegre. Quatro anos atrás, o autor já havia aposentado seus mais famosos personagens de quadrinhos, As Cobras. "Elas estavam bem redondinhas, o traço estava no ponto certo. O problema é que eu chegava ao fim do dia e então lembrava que ainda tinha de fazer as Cobras. Resolvi parar", conta ele. Verissimo sempre trabalhou loucamente. Além dos compromissos formais, assumia uma quantidade impressionante de compromissos informais. "De cada três livros publicados no Rio Grande do Sul, dois têm uma orelha dele", brinca um amigo. Até jornaizinhos de bairro contam com suas colaborações. Uma crônica antiga e famosa, batizada de O Encontro, saiu originalmente num panfleto do mercado porto-alegrense O Carrinho, com o título Supermercado Real da Auxiliadora, 2 Horas da Manhã. Verissimo chegou a ser conhecido como "o escritor que não sabe dizer não". Se trabalhava tanto, não era por necessidade. Ao longo da carreira, ele embolsou uma quantia respeitável em direitos autorais. Foram mais de 3 milhões de reais só na última década. Além disso, seus contratos com jornais lhe rendem cerca de 25.000 reais por mês, atualmente. O que a produtividade incessante revelava era uma atitude em relação à literatura. Para Verissimo, que chegou à profissão que o tornou famoso meio por acaso, escrever é um ofício como qualquer outro, que requer aprendizado e prática. Sua criação, diz ele, não tem nada a ver com as musas. Imagine, então, se elas ajudassem.

 
Ricardo Leite/Pós Imagem Design

 

BOM TAMBÉM NO DESENHO

As tirinhas de jornal compõem uma parte importante da produção de Verissimo. Suas criações mais famosas são a Família Brasil e As Cobras (abaixo), que ele parou de desenhar em 1999




   
 
   
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